'Psicólogo António Carlos Alves de Araujo'
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SOLIDÃO: O EXÍLIO DO PRAZER

"A única possibilidade da solidão não mostrar diariamente o lado mais cruel e desesperador da vida,é a pessoa retornar seu sofrimento de uma forma criativa, que ajude outros seres humanos a minimizarem esse fardo ". - ANTONIO CARLOS- PSICÓLOGO

"Sentir constantemente a solidão é uma espécie de renúncia voluntária aos mais altos anseios de satisfação e felicidade. Se realmente desejarmos salvar alguém, deveríamos encarar a solidão como prioridade absoluta, pois caso uma pessoa não se sinta válida no convívio humano, sua meta será a angústia, isolamento e depressão. Sentir ou não a solidão, estando acompanhado, ou por uma razão existencial, é a medida mais absoluta da qualidade de nossa vida." ANTONIO CARLOS- PSICÓLOGO


Não há talvez outro sentimento humano que impere sobre os demais do que a solidão. Esta desafia todas as estruturas e esferas de nossa sociedade tipo: dinheiro, posses, status, sexualidade, beleza e poder. Sem sombra de dúvida podemos eleger a solidão como o topo do sentimento humano deste século, nenhum outro como descrito acima consegue por tanto tempo ocupar nossa alma e desprovê-la do sentido da vida. Podemos sentir raiva de uma determinada pessoa, estarmos irados, preocupados com o sustento, mas nada é mais angustiante e fatal para nossa auto-estima do que a conscientização de que estamos carentes, sentir que poucos ou ninguém mantém um contato profundo e duradouro conosco, que não somos importantes ou especiais para alguém. A solidão impede o livre fluir de quase todas as potencialidades ou desejos humanos. É até interessante notar como esse tema nunca foi esmiuçado pela psicologia, dada sua importância estratégica no contexto de nossa atual sociedade. Desde cedo somos educados para o sucesso, a glória, poder ou vantagens, mas ninguém nos conta o que fazer quando não sentimos mais vontade nisso tudo, por sentirmos o sentimento da solidão. Nenhuma escola ou educador nos ensina a como lidar com tão corrosivo elemento da alma humana, apenas sentimos o vazio, a ausência, e impotentes ficamos no terrível dilema da espera de que algo aconteça e mude essa vida estéril. Impotência é nosso deus central nos dias atuais, e a única sabedoria é retirar algum conhecimento dessa experiência.
A solidão muitas vezes revela a banalidade e inutilidade de nossa vida atual, nos força a ver com toda a clareza nossa mais angustiante infelicidade, pois a solidão não é apenas sinônimo desta última, mas pai de tudo o que não deu certo, o guia para além de nossa ingenuidade e ambições não efetuadas, pois ela nos mostra o maior fardo de todos, nós mesmos, sem qualquer fuga, escapismo ou distração, pois no fundo o sentido de uma relação é o de se esquecer a si próprio, ocultar mesmo que temporariamente nosso mais profundo vazio da existência e dificuldade em descobrirmos um sentido para tudo isso. Todos sabemos que a sensação máxima de derrota é a falta de vivenciar uma experiência verdadeiramente amorosa, e a solidão sempre está por detrás dessa extrema dificuldade.
A solidão nos deixa dois legados à nossa escolha: a possibilidade da reflexão e conseqüente mudança de atitude, no sentido de valorizarmos e nos abrirmos para novos contatos e pessoas, ou a teimosia e reforço no sentimento de superioridade, achando que qualquer mudança seria encarada como uma espécie de submissão, nesse estágio o orgulho torna-se mais uma companhia, dissimulando a total fragilidade e debilidade da pessoa. A solidão se torna enfaticamente uma doença quando cria um espírito de indolência numa pessoa, fazendo com que a mesma julgue positivo, produtivo e até viável o estar só, pensando tirar proveito do fato de não estar tendo trabalho ou esforço para procurar contato humano. Nada é pior do que iludir sua não satisfação.
A solidão ainda reforça a ira da pessoa contra o mundo, pais e educadores deveriam estar atentos para tal fato, e impedir que a criança ou o adolescente vá criando seu mundo à parte, seja ficando horas num computador ou vídeo game, seja não se interessando pelo elemento humano, dizendo estar satisfeito com seu comportamento ou meta de vida, pois a pessoa nesse caso acaba por utilizar sua neurose para se vingar do ambiente que não lhe proporcionou afeto ou segurança, tentando inverter a situação, enxergando na doença a melhor saída para sua vida. A solidão cria esse terrível paradoxo, um membro de uma espécie rejeita seus semelhantes, instalando a absurda fantasia de que alguém é feliz sem a companhia dos demais, além da revolta pessoal por não ser procurado, adotando um comportamento no mínimo extravagante, obtendo dessa maneira a atenção que não conseguiu da forma natural.
É impressionante como a sociedade direciona nossa atenção somente aos problemas econômicos, e os problemas pessoais são deixados para trás, talvez só lembremos deles através da solidão, nesse sentido, a mesma se impõe como tentativa de restaurar a humanidade, de percebermos a total inutilidade do que estamos fazendo, nossa desorientação perante os anseios de nossa alma, os quais muitas vezes não damos a mínima, nossa falta de coragem para iniciarmos algo produtivo para a vida.
Por fim, a solidão nada mais é do que o reflexo do histórico de um modelo de vida de determinada pessoa é a crença ou não que alguém depositou em outro ser humano, sua disposição ou não para a troca e companheirismo, sua escolha pessoal entre doar algo mesmo sabendo do não retorno, ou insistir na inveja e raciocínio egoísta. ANTONIO CARLOS ALVES DE ARAÚJO- PSICÓLOGO
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